EMPATIA Solidariedade CORAGEM Justiça
VOZES JUDAICAS POR LIBERTAÇÃO
NÃO EM NOSSO NOME
Já comentei minha trajetória de descoberta da História através da história da 2ª Guerra Mundial, das batalhas, dos massacres, dos campos de concentração, do Holocausto !
Descobri também, desde cedo nos meus 12 anos, a EMPATIA, a SOLIDARIEDADE com a dor dos outros , com a sede de JUSTIÇA, a vontade de ver um mundo melhor, diferente e a vontade de ajudar, de me somar aos esforços.
Aprendi com a História, no entanto, que nas várias épocas e momentos e períodos e episódios críticos a grande maioria contemporânea na ocasião, NÃO ENXERGOU corretamente o lado opressor e o lado oprimido, tal a força e a eficiência da PROPAGANDA, da DOUTRINAÇÃO, das NARRATIVAS !!!!
A falta total de ISONOMIA, o SARCASMO, a HIPOCRISIA e o CINISMO . . . IMPERAM !
É necessário então a VISÃO e a CORAGEM de quem enxerga para AGIR !!! Se POSICIONAR !!!!! Mesmo se arriscando, mesmo se prejudicando !
A História do Consul Português na França na 2ªGuerra Mundial que contra ordens do ditador de Portugal de então (Salazar) concedeu dezenas de passaportes e vistos para judeus foragidos é uma delas ! Proibido de entrar na embaixada, despachou na CALÇADA !!! Deportado morreu doente e na miséria num convento já que Salazar confiscou todos seus bens e herança de familia ! Ficou conhecido como o “Schindler” (outro que desempenhou esse papel – mais habilidade do que coragem) português ! Teve um bosque inaugurado em Israel com uma arvore plantada para cada judeu salvo por ele e para cada um de seus descendentes.
Aristides de Sousa Mendes foi o cônsul de Portugal em Bordéus durante a Segunda Guerra Mundial, e é conhecido por ter salvado milhares de vidas da perseguição nazista:
- Em 1940, Sousa Mendes desobedeceu às ordens do ditador António Oliveira Salazar, que proibia a entrega de vistos a judeus, apátridas e estrangeiros de nacionalidade indefinida.
- Em nove dias, concedeu vistos a todos os refugiados que solicitaram, sem considerar nacionalidades ou religiões.
- Estima-se que tenha salvado mais de 34 mil pessoas, incluindo 10 mil judeus.
- O Livro de Registo de Vistos concedidos por Sousa Mendes entre 14 e 21 de junho de 1940 é um dos registos mais impressionantes da fuga de refugiados na Europa durante a II Guerra Mundial.
Uma outra brasileira com esse desempenho heróico foi a que viria a ser a segunda esposa do nosso importante escritor Guimarães Rosa – Aracy de Carvalho – que com ele trabalhava no Consulado brasileiro de Hamburgo na Alemanha Nazista e o persuadiu a emitir falsificadamente centenas de passaportes salvadores para judeus alemães.

TRAILER DE DOCUMENTÁRIO DE CACO CIOCLER SOBRE ARACY ROSA : “ESSE VIVER NINGUÉM ME TIRA” !

Chamada de “Anjo de Hamburgo”, Aracy é a única mulher citada no Museu do Holocausto, em Israel, entre os 18 diplomatas que salvaram judeus da morte – o embaixador Luiz de Souza Dantas também mereceu a honraria. Em 1982, ela foi reconhecida como “Justa entre as Nações”, um título dado pelo governo israelense a pessoas que correram riscos para ajudar judeus perseguidos. Aracy morreu quase esquecida, em 2011, aos 102 anos, vítima de Alzheimer. Por que sua história é tão pouco conhecida?
Nicholas Winton foi um humanitário britânico que salvou a vida de 669 crianças judias durante a Segunda Guerra Mundial. Ele ficou conhecido como o “Schindler britânico”, em referência ao empresário Oscar Schindler, que também salvou milhares de judeus na Alemanha. Winton organizou o resgate das crianças em 1938, pouco antes do início da guerra, quando a cidade de Praga era ocupada pelos nazistas. Ele providenciou oito trens para levar as crianças para o Reino Unido, onde conseguiu famílias para cuidar delas. A história de Winton ficou praticamente desconhecida por 50 anos, até que veio a público em 1988. Ele recebeu a Medalha Wallenberg em 2013 e a Liberdade da Cidade de Londres em 2015. Morreu aos 106 anos, na mesma data em que o maior dos trens que ele organizou partiu da capital da República Tcheca. A história de Winton foi retratada no filme Uma Vida, com Anthony Hopkins no papel principal.
São muitas as histórias na 2ª Guerra e nos mais variados períodos . . . mas foram minorias !!!!
Na Alemanha , nazistas imperaram , no Brasil Getúlio Vargas e o exército brasileiro eram simpáticos á Alemanha !Mesmo nos ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA era forte a simpatia, os vínculos empresarias e culturais até mesmo Hollywood !!!!!!!!!
Quem enfrenta os poderosos da vez . . . ?
E na guerra civil espanhola ? E nas guerras de independência na África ? E no apartheid sul africano e no Vietnã ? De que lado estaríamos na época ?????????????????????????????????????????
E HOJE ????
E hoje na Questão Palestina ?
É sempre mais fácil ir com a maioria , não contradizer a maioria , não descontentar a maioria , ir a favor do mais forte , do mais poderoso, do mais rico , do mais influente, do mais branco, do mais europeu . . . do mais FORTE !
Onde estaríamos nesses episódios? Onde estamos hoje ????
Israel era visto como o lado fraco – (mas não era vide Ilan Pappe e Nur Marsalha) !
E agora ? É um titã ! Agora é o filho malcriado, valentão, descontrolado e empoderado do dono da fazenda, do general , do coronel, do juiz, . . . DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA !!!!!
—————————————————————————————————————
LEMBRO QUE COM 12 ANOS LI O “Ó JERUSALÉM” de Dominique Lapierre e Larry Collins que em 673 pgs documentaram quase que dia a dia os anos de 1947, 1948 e 1949 ! LÁ CONHECI os ATOS TERRORISTAS das Milícias Judaicas na fundação do Estado de Israel do IRGUN, da HAGANÁ , da GANGUE STEIN, LEHI, mas tomado pela EMPATIA , impactado com a (minha) recem descoberta do HOLOCAUSTO reputei como excessões pontuais de radicais extremados – não imaginava que eles iriam TOMAR O PODER (Quase todos seus líderes viraram 1ºs MINISTROS ao longo das décadas) e perpetuar tais atos até os dias de hoje (Partido LIKUD é herdeiro direto dessas milícias) ! Com o tempo pelos últimos 50 ANOS venho acompanhando quse que diáriamente notícias, análises, documentários, filmes, livros e minha EMPATIA FOI MUDANDO DE LADO !DIANTE DA EXTREMA OPRESSÃO, EXPULSÕES, APARTHEID, PRISÕES ARBITRÁRIAS, EXECUÇÕES EXTRAJUDICIAIS, ASSASSINATOS DE LÍDERES PALESTINOS – HASSAN KANAFANI inclusive, foi impossível não se chocar e mudar minha visão !
ME LEMBREI MUITO DISSO ASSISTINDO O DOCUMENTÁRIO ABAIXO DA TV SUECA QUE ME PARECEU PERCORRER A MESMA TRAJETÓRIA de 1958 até 1989, INDO DE UMA COBERTURA SIMPÁTICA E CONDESCENDENTE ATÉ UMA FRANCA REVOLTA E INDIGNAÇÃO COM ISRAEL !
NESSE SENTIDO VOLTO AO INÍCIO DO TEXTO !
E HOJE ?
Com quem ficamos ? COM O MAIS MILITARMENTE PODEROSO PAÍS DO ORIENTE MÉDIO ? COM O MAIS FORTE ? COM O MAIS INFLUENTE ? COM A MELHOR NARRATIVA ? COM O MAIS AMEAÇADOR LOBBY FINANCEIRO ? COM O MAIS HÁBIL BOICOTADOR NAS REDES SOCIAIS E ATÉ NAS PERSECUÇÕES JUDUCIAIS E ASSÉDIOS AOS SEUS CRÍTICOS ?
NESSE SENTIDO MINHA HOMENAGEM A TODOS OS HUMANISTAS QUE NÃO SE CALARAM, QUE NÃO ESTÃO SE CALANDO !
AOS INTELECTUAIS JUDEUS OU NÃO , DO PASSADO E DO PRESENTE !
ÁS CORAJOSAS MENINAS E MENINOS JUDEUS DAS . . .
“VOZES JUDAICAS POR LIBERTAÇÃO”
“NÃO EM NOSSO NOME”
DOCUMENTÁRIO SUECO
https://48.mostra.org/filmes/48a-israel-palestina-na-tv-sueca-1958-1989


Sinopse
Um retrato das relações conflituosas entre Israel e Palestina a partir do olhar de um coletivo de cineastas e ativistas palestinos-israelenses. No Other Land mostra a aliança inusitada e cheia de contradições entre Basel Adra, um jovem militante palestino, e Yuval Abraham, um jornalista israelense. O documentário filma as ruínas e a terra arrasada que se tornou Masafer Yatta, um conjunto de vilas palestinas localizadas na Cisjordânia ocupada. Desde muito cedo, durante a infância, Basel testemunha e luta contra a destruição das casas e escolas locais e as desocupações violentas de sua comunidade pelo governo e pelo exército de Israel. Ao conhecer Yuval, ganha um aliado do lado inimigo, formando uma amizade de correspondências políticas e filosóficas. Sua relação, entretanto, permanece complexa, uma vez que, enquanto Basel vive sob as agressões e a prisão da ocupação militar israelense, Yuval vive livre e sem restrições.
Direção: Basel Adra, Hamdan Ballal, Yuval Abraham |
Roteiro Rachel Szor



Publicar comentário